Astrologia Ocidental

Em seus 7000 anosde história, a Astrologia manifestou-se, entre povos diversos, em diferentes formatos - Astrologia Tropical x Astrologia Sideral, Astrologia Ocidental x AstrologiaVédica / Astrologia Chinesa..., e assim por diante. Todavia, se quisermos saber mais especificamente de que maneira foi utilizada, em termos de finalidade fundamental, perceberemos haver, no fundo, duas grandes formas de utilização surgidas:

• Uma utilização divinatória, oracular (=utilização tradicional)
• Uma utilização humanista-psicológica 

O ‘equipamento’ simbólico, nas duas práticas, é o mesmo − a linguagem astrológica, em sua  ‘morfologia’ e ‘sintaxe’. Tecnicamente, levanta-se um mapa natal e todos os seus outros  instrumentos de interpretação daí derivados (=trânsitos, progressões, revoluções...etc etc)  da mesma forma, seja para finalidades divinatórias, seja para a finalidade de autoconscientização; o que muda, de fato, é a lente através da qual esses instrumentos  simbólicos serão interpretados.

Essas lentes diversas implicam o fato inquestionável de que o ser humano, tal como se via e  vivia no início de sua história, evoluiu, mudou no tempo; tendo mudado, não se vê nem vive  da mesma forma que outrora. Portanto, antes de mais nada, uma abordagem mais humanista/psicológica da simbologia  astrológica não tem por objetivo reinventar a Astrologia, mas, antes, ‘lê-la’ com outros olhos  − os olhos que deveras possuímos hoje: não somos mais os indivíduos do início da  civilização humana, que temiam os trovões, tempestades, terremotos e vulcões, com que os  deuses expressariam toda a sua ira...; pelo menos uma parte de nós não é. O aumento da  capacidade de consciência humana fez com que diminuíssemos, necessariamente, nossa  tendência original, animista, de projetar sentimentos e comportamentos humanos em tudo o  que nos cerca; de fato, nos primeiros tempos das buscas cognitivas humanas, o mundo (=o  entorno) era visto à imagem da experiência e existência humanas.